quarta-feira, 2 de maio de 2007

O sentido da morte

Não concordo com quem diz que um suicida é um covarde, por ter optado a morte como alternativa ao enfrentamento dos problemas da vida. Eu acho que é justamente o contrário: a gente só se flagela na vida e agüenta o tranco por achar que, ainda assim, é melhor isso que estar morto.

Também não vou dizer que quem comete suicídio seja necessariamente alguém corajoso. Acho que, na maior parte dos casos, o auto-homicida é precipitado, e acaba se matando antes que o medo chegue.

Posso estar enganado, mas acho que, por mais fiel que você seja a uma determinada crença, e acredite seriamente em coisas como a vida após a morte, reencarnação and stuff, é só a morte lhe passar em frente aos olhos que tudo desaparece e só sobra o pavor. Acho que isso é um recado do cérebro dizendo que, quando você abotoa o paletó, acabou: não há nada além, você virou comida de minhoca. O medo da morte acaba sendo algo que você faz involuntariamente, como respirar: você não precisa ficar lembrando de respirar, pois existe um trocinho dentro de você que sabe que se você não fizer isso, já era.

Nada contra essa coisa de alma e tal, mas você acha realmente que ela continua vivendo depois que o corpo padece? Pelo menos na minha cabeça, a visão de um morto-vivo está mais próxima à de um zumbi do Resident Evil que do Gasparzinho. Ver mortos, sonhar com eles, conversar com eles: que diabo é isso tudo afinal de contas? Não duvido de quem diz isso, mas, de verdade, você confia no seu cérebro?

2 comentários:

Caio disse...

Sabe, ja tive curiosidade em saber o que tem por trás da morte!
Acredito que ainda há vida após ela... nao pela religião, mas sim pela minha forma de pensar! É meio longo esplicar minha teoria, mas ainda sim acredito... talvez eu esteja errado! o.o'

Anônimo disse...

Saiu na super, o cérebro é formado por 78% de água...rs, mas ta aí um assunto bem complexo...
Nossos cinco sentidos nos norteiam, mas ultimamente tenho duvidado deles...
A morte sempre fez parte dos meus pensamentos...e para mim, uma romântica nata, me faz bem acreditar que sou mais que esta carcaça de 27 anos....
O que me resta é a fé, o problema é que até ela eu questiono...então, fudeu tudo...e daí o nada, o sem sentido da existência que pulsa na veia é forte...
Bjooo