terça-feira, 8 de maio de 2007

A arte de falar sobre aquilo que não se sabe

Tinha lido e ouvido pouco a respeito do incidente na Praça da Sé durante a Virada Cultural quando resolvi escrever o texto aí de baixo (capítulo 2 - Vida Loka), baseado em algumas idéias que já me ocorriam, mas que sempre se aplicaram mais ao rap norte-americano, de aberrações como Snoop Dogg e 50 Cent. Pra tentar exemplificar minha teoria, acabei me aproveitando do acontecido e, burro as a door, dei na verdade uma baita exemplo de superficialidade na hora de tecer um comentário.

Após ler mais sobre o assunto, inclusive com depoimentos de pessoas que estavam lá no meio, ficou bem claro que o problema é mais em cima, hierarquicamente falando. E que, quando o Mano Brown disse "Aí, vamos ignorar a polícia. A festa é nossa", não era uma incitação ao acirramento da clássica rivalidade, mas sim uma maneira de mostrar que a polícia era menos do que tentava se fazer mostrar por meio de balas de borracha e gás lacrimogênio.

Vai aí um link pra um texto do Xico Sá, que estava justamente ao lado da banca de jornal onde começou a putaria. Clica aqui. Mas mantenho o que havia dito no final do texto: todo mundo tem que se conscientizar da sua própria insignificância. Ostentação de poder é deprimente.

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