sexta-feira, 18 de maio de 2007

1 por amor, 2 por dinheiro

A maior prova de que o ser humano é burro e pateticamente subordinável é a trajetória do sistema monetário na história da humanidade.

Nos começos, existia o escambo, que era a troca de materiais sem equivalência de valor, mas por necessidade (como trocar a figurinha do Kaká pela do Belletti). Com o tempo, foi-se adquirindo a idéia de moeda, mas através de produtos, como sal (daí o nosso salário) e as cabeças de gado (do nosso querido capitalismo).

Certo, vou cortar aqui a história e vir direto pra Guerra Fria, lá pela metade do século passado. Melhor, que se dane a Guerra Fria, caiu o Muro de Berlim, urru, capitalismo campeão mundial. Como a base do capitalismo, desde a época das navegações, passando pela revolução industrial e chegando a hoje, é a obtenção de lucro (veja que a idéia de troca de valores por simples necessidade já morreu) e a acumulação de capital, vivemos uma coisa muito peculiar que explica o ataque que eu fiz no primeiro parágrafo: o homem virou escravo do dinheiro.

Sabe aquela família que criou o pitbull com todo amor e carinho, e um dia o danado mastigou a bochecha da filha mais nova? É a mesma coisa: criamos algo para facilitar nossa vida e nossas relações interpessoais, e agora ele virou um monstro que escraviza cada minuto e cada neurônio nosso, destrói nosso planeta, lixifica nossa inteligência e dança sobre nossos cadáveres como se fossem um pódio.

Como dizia uma música dos Racionais (também responsáveis pelo título desse post), 'deus é uma nota de cem'. E todo ateu é pobre.

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