Maçãs são coisas diabólicas, e todos nós conhecemos muito bem o currículo dessa fruta. Primeiro, foi no jardim do Éden, quando fez Deus pôr Adão e Eva no olho da rua a pontapés. Aí teve a bruxa Má (que tipo de mãe desnaturada põe na filha o nome de 'Má'?) que pôs na fruta um feitiço pra Branca de Neve adormecer à espera de um príncipe anônimo que viesse lhe comer o cu beijar. E então, caso mais célebre (ou não), teve aquela maçã que despencou na cabeça de Newton e o fez inventar toda aquela coisa de lei da gravidade. Imagine que poderíamos estar voando hoje se ele não tivesse inventado isso.
O ser humano é tosco por natureza. Sabem que a sereia só fode com a vida de todo mundo, mas continuam dando trela praquela pistoleira. Sabem que o Maluf é um menino levado e continuam votando nele. Sabem que mexer na chave do chuveiro com ele ligado é pedir pra levar choque, mas... enfim. A pergunta é: por que?
O que está errado com o empirismo? Deus não embutiu essa função na gente, ela precisa ser comprada separadamente? Por que é tão difícil perceber que um mais um é sempre dois? Como isso pode ser mais claro?
Ao concordar com a frase que diz que 'errar uma vez é humano, errar duas vezes é burrice', estamos automaticamente assumindo que somos um planeta de imbecis. E ao representar os alienígenas que invadem o mundo sendo sempre seres mais evoluídos, estamos aceitando que... isso não tem nada a ver com o assunto.
E deus, sempre ele, com seu senso de humor maravilhoso (sério isso, sem ironia), nos fez com apenas uma vida. Se a gente não aprende na primeira, nem na segunda, nem na terceira, bem, que não haja a segunda. Até porque, defensor de seu planeta feito em seis dias, ele não poderia dar aos aliens invasores o benefício de ter mão-de-obra barata e burra por toda a eternidade.
Mas na moral, eu acho que se ele nos desse mais inteligência ia ser muito mais proveitoso.
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Uma vez é humano...
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