quarta-feira, 2 de abril de 2008

Join the brawl

Não sou particularmente um entusiasta dessa classe de pessoas que diz que não possui ídolos. Na verdade, eu as desprezo e cuspiria na cara de cada um desses arrogantes do cacete. Se eu soubesse cuspir.

Quando a idolatria não se transforma em fanatismo, tá oquei. Mas e quando essa idolatria é direcionada a uma empresa?

Opa, perigo. A gente sabe que isso existe, tá por aí. Ah, humanos decrépitos, cordeiros do capitalismo, morram todos. Mas é que, ahn, bem...

Eu sou um deles. Pronto, falei. Estou de joelhos pela Nintendo. Logo eu, o cara que defendia o Sonic nas ingênuas discussões da escolinha (e do colégio. E... da faculdade). Mas hoje estou aqui, rendido aos encantos da máquina, acenei a bandeira branca e me deixei levar por eles.

Mas me deixa explicar meu lado. Vocês sabem que eu tenho um Wii, né? Pois então. Há quase um mês lançaram um jogo chamado Super Smash Bros. Brawl, que é, basicamente, um jogo de luta.

- Tipo Street Fighter?

Não, aí é que tá. Estivemos acostumados, ao longo dos anos, com jogos de luta 'lentos', em que o seu sucesso dependia em grande parte de você conseguir desempenhar os comandos de maneira correta. Essa fórmula inclusive consagrou o imortal 'meia-lua pra frente e soco', que, se você não sabe do que se trata, saia do meu blog agora, seu, seu... normal.

A sacada do SSBB é, a exemplo de outras franquias competitivas famosas da Nintendo, simplificar para divertir. Nada de soco forte, soco médio, soco fraco, aqui é dois botões de ataque, que você pode combinar com um direcional para criar um golpe diferente. Assim, tira-se o foco da maldita execução de comandos (quem nunca ficou puto tentando dar um hadouken enquanto só saiam jabs?), e lança-se a luz sobre a estratégia, que vai além dos pontapés, pois você pode usar itens e o próprio cenário a seu favor.

Nem vou ficar aqui comentando a batelada de extras que estão no disquinho, mas eu estou começando a acreditar que eles não acabam nunca.

Veja bem, lá se vão 16 anos que Street Fighter II mudou a vida de milhões de moleques (eu incluso) mundo afora com uma jogabilidade inovadora e viciante. Durante 16 anos, esse era o modelo a ser seguido, o título a ser batido. Street Fighter era o geocentrismo, nada poderia ir além disso.

E então surgiu o Super Smash Bros., o antropocentrismo. As duas versões anteriores do jogo, pra Nintendo 64 e Game Cube, foram as fagulhas que serviram pra chamar a atenção de todos para a explosão que viria nesse feliz 2008.

Veja só, Street Fighter II ainda é o melhor jogo de luta de todos os tempos. Mas Super Smash Bros. Brawl é a revolução, e a revolução não tem oponentes. Nintendo, sua filha da mãe, me dá um autógrafo.

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