segunda-feira, 18 de junho de 2007

No gramado em que a luta aguarda

Sabadão, entre o fim da tarde e o começo da noite, tava na casa de um camarada, acertando alguns detalhes do pavimento do meu caminho para a fortuna. Era dia de jogo do Corinthians, o que é sempre motivo de preocupação: meu ônibus passa na frente do Pacaembu.

Soube que o jogo de então fora no Morumbi (por que essa mania de o apelido da maioria dos estádios ser oxítono? Pacaembu, Morumbi, Canindé, Maracanã, Mineirão...), o que me deu algum alívio. Mas foi só eu entrar no ônibus que entraram atrás um trinta banguelas de camisa alvinegra. É praga essa porra.

Tirando a barulheira e os erros de português, dava pra agüentar de boa aquela presença maligna no coletivo (podia ser pior: 3 crianças fazem mais barulho que 30 adultos). Até que, passando na frente da TUP (Torcida Uniformizada do Palmeiras, ou qualquer coisa assim), um bocó grita de lá de dentro: "É Gaviões, seus cuzão (sic)!!". Nesse momento eu levei as mãos à cabeça e comecei a chorar. Sabemos que torcida organizada nenhuma é conhecida por ter uma postura pacífica, mas a TUP, pelo contrário, tem uma fama lá muito boa não.

Mas por sorte eles eram todos cuzões mesmo e ficaram na deles. Sorte dos porcos, claro, porque às vezes eu posso ser extremamente violento.

4 comentários:

bb disse...

Vc sabia que a palavra camarada tem uma origem lá no latin e que quer dizer qualquer coisa como "aquele que divide a cama". Ah... legal, se vcs estavam pensando no futuro juntos...

Thiago Padula disse...

Mais uma gracinha dessas e a senhora está banida desse blog.

bb disse...

:))

Anônimo disse...

Abaixo a sensura e viva a liberdade de espressão!