segunda-feira, 4 de junho de 2007

Tesouros na gaveta

Para apreciar alguma coisa, não é preciso só que essa coisa tenha qualidades que te agradem. Às vezes, o tempo influi muito. Quem aqui nunca comprou alguma coisa, guardou na gaveta e só tempos depois foi ver de novo e perceber como era legal?

Aconteceu comigo ontem. Antes de dormir, sei lá por que raio, fiquei com vontade de ouvir um CD que eu comprei há coisa de um ano, mas que até então não devia ter ouvido nem cinco vezes: o Bogary, do Cascadura. Nenhuma razão específica, só fiquei com vontade de ouvir.

Esse deve ter sido o último CD que eu comprei na vida (sem contar o do Teatro Mágico, mas é praticamente um pirata. E chato padaná), e sei lá se comprarei ainda outro. Na época, achei até legal, e tal, mas sabe quando a coisa não bate, não rola uma sintonia? Então, foi assim.

Aí eu coloquei o CD no rádio, programei pra desligar e me deitei. Aos poucos, comecei a reparar melhor e achar aquilo tudo muito bom. Um monte de detalhezinhos que eu não tinha percebido antes, porque se tivesse percebido já teria chapado um ano atrás. E nisso, absorvendo as músicas, como se estivesse ouvindo pela primeira vez, acabei me esquecendo de dormir.

Fica aqui, então, minha dica. Música simples, mescla bem o peso e a melodia, letras bacanas, coisa que poderia muito bem tocar na rádio se não pecasse pelo excesso de qualidade. Mas quem sabe um dia, né.

Ah, e se não curtir, pelo menos dá uma outra ouvido daqui a uns meses. Vai que você muda de idéia.

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