sábado, 31 de janeiro de 2009

Cuca fresca

Sabe aquele velho papo de tiozão de seriado sobre um carro conversível na estrada, com o vento lambendo os cabelos e etc? Descobri uma parada mais legal: o vento lambendo a cabeça.

Não é surpresa pra ninguém - a menos que você tenha caído nesse blog agora - que eu não sou um sujeito capilarmente privilegiado. Daí essa semana eu entreguei a máquina de cortar cabelo na mão do meu irmão e disse: 'faça sua arte!'. Foi interessante descobrir que ele é um daqueles artistas minimalistas.

Mas se tem um negócio bacana em ter a cabeça raspada é a agradável sensação do vento se chocando contra o coco. Claro que, como as rochas, eventualmente minha cabeça pode ser vítima de erosão, mas por enquanto tá divertido bagarai. E quando chove, então, mais divertido ainda - mas é realmente difícil explicar para alguém cujos cabelos nunca tenham tirado férias.

A minha mãe acha que eu fico com cara de demente - mas ela não é exatamente uma pessoa conhecida por ser razoável em seus julgamentos a respeito de aparência: no dia que meu irmão fez uma tatuagem, eu a peguei ligando duas vezes para o 190. O que me deixa pensando que talvez ela tenha passado a vida toda prestando mais atenção no meu cabelo que no meu rosto. Cara de demente eu sempre tive, mas precisou algo tirá-la do foco para perceber isso.

Pensando agora, esse pode ter sido o motivo por não terem cortado meu cabelo quando eu entrei na faculdade: minha cara de demente. Porque se bem me lembro, toda vez que eu conseguia alguma moeda de um carro na rua, todos aplaudiam e diziam bem pausadamente: 'aê, Thiago! Muito bem!'.

E eu fiquei tão feliz aquele dia. Que decepção.

3 comentários:

Anônimo disse...

As pessoas davam dinheiro pq pensavam que era uma doação pra AACD.

Aliás.
YogaFire, meu amigo

Thiago Padula disse...

Yoga Fire, bro. Yoga Fire.

Anônimo disse...

Mu-i-to bem Thi-a-go!
Mu-i-to beee-eeem!