domingo, 22 de abril de 2007

Viva o nervosismo


Tem um desenho, desses japoneses, que se chama Slam Dunk. Conta a história de um cara que, depois de entrar no colegial (ou Ensino Médio, para os politicamente corretos), se apaixona por uma menina que é fã de basquete, e então resolve jogar o esporte - pausa. Se o futebol é bretão, o basquete é o quê? Americão? Despausa -, revelando um talento insuspeito pra coisa, além de ter um físico privilegiado pra um atleta desse tipo.

Aí rola o primeiro jogo, o cara fica no banco, e de repente põem ele pra jogar. Toda a confiança que ele bradava fora das quatro linhas (e não era pouca) desaparece, ele é tomado pelo nervosismo e começa a fazer coisas sem sentido como andar com a bola ou se jogar de barriga sobre os adversários.

Esse tipo de nervosismo é muito comum quando a gente participa de algo pelo qual espera muito e em que o nosso desempenho é posto em jogo (no exemplo acima, literalmente, mas não é obrigatório). A insegurança é uma coisa tão presente na gente quanto aquela marca horrível de vacina que a gente tomou quando era criança. No meu caso, que sou uma pessoa (muito) tímida, a insegurança anda de mãos dadas.

E, cá entre nós, aquele frio na barriga antes de algo do qual a gente espera tanto é muito gostoso. Antes de jogar por um campeonato, antes de subir no palco, antes de meter pela primeira vez, antes de apresentar aquele projeto. O nervosismo pode atrapalhar, sempre atrapalha, mas faz parte do ritual. Quem nunca ficou ansioso por um evento importante que atire a primeira pedra - ou, melhor, enfia ela no cu, porque eu não posso ter respeito por esse tipo de gente.

Um comentário:

Anônimo disse...

Parece o Kuwabara, aquele trapizomba!