domingo, 8 de fevereiro de 2009

5 maneiras ruins de morrer

Dando seqüência ao tema iniciado na última postagem, agora a lista é feita de 5 modos de morrer tão ruins que fazem a gente pensar se não é melhor continuar vivendo. Na verdade, que me fazem pensar se não é melhor continuar vivendo, porque essa é uma lista pessoal e intransferível.

5 - dormindo

Imagino que esse talvez seja o modo de morrer preferido da maioria das pessoas. Mas vou dizer por que eu rejeito: porque eu tenho insônia.

Dormir é um troço difícil pra mim. Eu fico horas rolando na cama, pensando na vida, pensando no futebol, pensando na minha criação de carneiros que deve ser a maior do mundo. Então, dona Morte, não venha me matar e acabar com a diversão. Há dois momentos do meu cotidiano que eu realmente gosto: quando estou cagando e quando estou dormindo. Mas cagar é um troço que eu faço bem, então relevo, mas se quer me matar, faça isso durante o tempo em que eu estou tentando pegar no sono, por favor. Até porque essa é a hora do dia que me ocorre o maior número de pensamentos suicidas, então eu já estou no clima.


4 - eletrocutado


Você já viu alguém ser eletrocutado? Pode ser de verdade, num filme, num episódio do Pokémon ou numa partida de Street Fighter. É simplesmente hi-lá-ri-o. O cara fica lá se estrebuchando no chão e fazendo uns ruídos engraçados, e todo mundo fica em volta só olhando, porque ninguém quer meter a mão lá e passar pelo mesmo papelão, claro.

Olha, eu estou acostumado a ser alvo de chacota e risadinha. Mas esse é um momento importante da vida, é interessante que as coisas saiam bem. Você não quer chegar no seu casamento, tropeçar e cair de boca no altar, pra sair nas fotos depois com uma janela no lugar onde deveria haver um dente, e é exatamente a mesma coisa aqui.

Quero que minha morte seja um momento triste e desagradável, não uma esquete de comédia pastelão.


3 - espancado por mulher

Então, eu disse há pouco tempo sobre esse lance de eu inventar as histórias da minha vida e tal, portanto deixe-me de antemão avisar que o que eu vou contar em seguida não é uma história inventada.

Eu era jovem e não empinava pipa, então tava de bobeira em casa. Meu pai assistia a um desses filmes horrorosos que ele curte, e eu, sem nada pra fazer, resolvi sentar e acompanhar também. Foi então que ocorreu uma cena mais ou menos assim: uma mulher começa a surrar um cara e arremessá-lo de um lado pro outro da sala. Por fim, ela o ergue sobre a cabeça e o atira contra a parede, pra depois finalizar com uma quebra de pescoço básica. Serviço completo, olha a cena aqui:



Eu fiquei horrorizado. Traumatizado. Por muitos anos da minha vida, tive medo que qualquer menina sequer me levantasse do chão (o que é particularmente engraçado vindo de um cara que pesa 30 quilos). Ainda agora, ao me lembrar do ocorrido e ver a cena no YouTube, fico com suor e tremedeiras. Credo, próximo.


2 - de acidente de carro

Eu já disse tudo que havia pra dizer sobre o assunto nesse post, mas vou recortar um trecho aqui:

Um dos motivos que me apavoram na perspectiva de estar no meio de um colapso automobilístico é a sensação de impotência. Você vê a bunda do carro alheio crescendo na sua frente, mas não dá pra fazer nada - é como ver um meteoro surgindo na atmosfera e rumando pra cair em cima da sua casa. Na verdade, o que me apavora é realmente isso, a bundona crescendo. Se o acidente for de surpresa, melhor. Se a morte for súbita, excelente. Mas essa mesma sensação de você estar quase no topo da montanha russa e ouvir aquele 'clec clec clec' ficando cada vez mais devagar, na proporção inversa da velocidade brutal em que você será arremessado trilho abaixo, eu dispenso.

1 - por empalamento


Sério, precisa dizer algo sobre esse aqui? Precisa? Então vamos lá:

Eu não quero, em hipótese nenhuma, ter uma estaca de três metros de comprimento entrando pelo meu cu e me varando de fora a fora até sair pela boca (até porque pensa, a ponta que sai pela boca passou pelo boga antes). Eu não quero ter que agüentar isso sem sequer poder ter as mãos livres pra me matar antes que a tortura continue. E eu não quero, oh mamãe, eu não quero ter que esperar morrer de hemorragia depois que o trabalho estiver pronto e eu ficar lá exposto feito um frango de padaria. Eu sou muito compreensivo e perdoo bastante, mas se um dia eu tiver que passar por isso é bom todo mundo rezar pra não haver vida após a morte, porque eu volto e faço o diabo com quem sobrou vivo nesse mundo. Não quero saber se teve alguma coisa a ver ou não, tô pouco me lixando: vocês estarão todos fo-di-dos, porque eu serei o fantasma mais terrível que já se viu, de fazer até o diabo pôr as palmas da mão no rosto e dizer 'menina...'.

Depois não digam que eu não avisei.

4 comentários:

Anônimo disse...

Gostar de cagar é um sinal de que vc tem predisposição a apreciar estimulação do sfíncter.

Otávio Pacheco disse...

Cagar é bom, a merda é ter que limpar a bunda depois.

Thiago Padula disse...

Puta, limpar a bunda é uma bosta. Quase faz cagar não valer a pena.

Anônimo disse...

podia fazer um post sobre 5 piores maneiras de ficar vivo...
abs
parabens pelo blog