quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

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Se você acha difícil entender o que eu escrevo, com meus parênteses em excesso e minhas vírgulas mal colocadas, precisa mesmo é me ouvir falando. Aí é que não dá pra entender porra nenhuma.

Eu tenho problema de dicção, e até já raspei no assunto aqui. E não estou sozinho: na família, tá cheio de gente ininteligível. O idioma oficial da Padulândia é falar baixo, rápido e pra dentro. Qualquer conversa que envolva principalmente meu vô, meu pai e eu tem grandes chances de ser apenas um amontoado esquisito de frases jogadas e 'hein?', 'oi?' e 'I beg your pardon como?'.

O diálogo com meu vô costuma ser assim:

Ele: ascfewfsdaqd lá o cara lá, o... Denilso.
Eu: Edmílson.
Ele: Ahn?
Eu: Edmílson.
Ele: Isso, Denilso. O cara pega a bola e vfsadfadvf aaqwerq. Ah, quê que é isso, tá louco.

Já meu pai, além de não ser bom orador, não é bom auscutador:

Ele: Sua mãe foi na padaria.
Eu: ...
Ele: Viu? Sua mãe foi na padaria.
Eu: Que padaria?
Ele: Sua mãe.

O pior dessa história é que uma das frases prediletas dos soldados da autoajuda é sobre como o diálogo na família é o que a mantém unida. Besteira. Com meu pai e com meu vô eu me dou muito bem, sem atritos nem rusgas. Já minha mãe, que é mineira e fala devagar, disse que eu sou demente, fracassado e que vou morrer de câncer de pele.

E se eu falo de um modo que não dá pra entender, acredite: é pra proteger as pessoas.

3 comentários:

Anônimo disse...

"Ai ai... Minha mãe não gosta de mim, como eu sou atormentado..."
Vira homem, meu.

Thiago Padula disse...

Me fale mais sobre aquele papo da sua mãe estar te atormentando por você não ter um emprego.

Anônimo disse...

HAUHAUAHUAHUAHUAHAUHAUHAUAHUAHUAH HILÁRIO!!!