quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Caros colegas

Eu odeio a palavra 'galera'. Nunca fui muito com a cara dela, mas agora já está num ponto em que a convivência não é mais possível. E não se trata de uma implicância pessoal, eu acho é que essa palavra morreu e ainda insistem um usá-la.

O significado de galera todo mundo sabe, que é designar um agrupamento de pessoas. Mas além do significado propriamente dito, a palavra ficou popular como sendo uma maneira descolada de se referir a um coletivo, e virou o verbete coloquial oficial.

Mas isso faz tempo. As pessoas que começaram a popularizar o termo já estão velhas, e pior do que isso, agora os pais dessas pessoas também falam 'galera'. Pra mim, é o fim do descolamento quando um tiozinho de bermuda no umbigo entra numa sala falando 'e aí, galera' e fazendo o hang loose. Deixou de ser despojado, agora é apenas constrangedor. Se a morte de uma pessoa é representada por uma cruz, voto para que o símbolo da morte do descolamento seja uma mão enrugada fazendo hang loose.

Daí outro dia uma prima minha que é de Curitiba apareceu falando algo sobre um tal de 'galerê'. Na moral, se pra mim dizer 'galera' é o mesmo que andar por aí segurando um cadáver, falar 'galerê' é como segurar o mesmo defunto, mas sem a cabeça.

Porra, vamos parar de piorar o que já tá ruim. É hora de mudar, de pensar numa palavra nova, e de preferência em uma que não faça referência a prisioneiros remando e morrendo no porão de um navio. E aí, o que vocês sugerem?

5 comentários:

Priscilla disse...

Eu acho que o Bruno (aquele que já trabalhou na TF, o Galera) vai ter de mudar de nome...

Momento Descontrol disse...

Pra mim, a palavra "bacana" tem a mesma conotação que galera tem pra vc. Pior que eu uso horrores, tanto uma quanto outra.

Véia fail.

Anônimo disse...

Bacana não é velha, é vintage.

E esse Padula depois que chegou aos 24 anos tá agindo cada vez mais como um velho.

Renato Sansão disse...

E aí, Cambada!!!!!!!

Anônimo disse...

Descobri pelo menos 1 pessoa que odeia essa palavra tanto quanto eu. Excelente texto!