domingo, 21 de outubro de 2007

The way to the future

A gente tem essa paixão forte por ficção científica, né. As máquinas, a tecnologia avançada, as estratégias, os seres de planetas desconhecidos, tudo isso habita nossa imaginação e nossa esperança de no futuro o mundo ser um lugar menos entediante. Embora a visão de futuro dos ficcionistas seja sempre pessimista, de um mundo vivendo após algum colapso que parece ser a previsão mais acertada no meio daquilo tudo. De Blade Runner a Akira, de Matrix a Laranja Mecânica, de Megaman a Do The Evolution: o futuro é sombrio, triste, macabro.

Hoje o que a gente possui de mais próximo a essa cultura das máquinas é a Fórmula 1. Tecnologia de ponta, máquinas ganhando mais destaque que humanos, a atmosfera de batalha, a fumaça, os macacões de 25000 dólares.

Só destacando, caso não tenha recebido a devida importância no meio do parágrafo acima: aquele macacão custa VINTECINCOMILDÓLAR!!! Ele é autosuficiente e tal, você pode fazer suas necessidades lá dentro, mas duvido que alguém reutilize o mesmo macacão depois de ter lhe dado uma bela mijada.

Esse final de semana o circo está na cidade, e em final de temporada, então as atenções, mais do que nunca (excetuando-se, ahn, os últimos anos em que o campeonato finalizou-se aqui também) estão voltadas pra nosso modesto espetáculo sci-fi.

Abre parênteses: acredita que só agora, nesse segundo, eu entendi por que aquele jogo de corrida futurista da Nintendo se chama F-Zero? Fecha parênteses.

Eu não gosto de Fórmula 1, não gosto de automobilismo at all, nem gosto de carro. Mas não é implicância minha pensar que se continuarmos com essa prática perigosa nosso futuro será sombrio, triste e macabro, é?

O dia em que uma McLaren engolir um piloto e transformar-se num máquina autosuficiente a gente conversa.

Update: como o universo é um complexo mecanismo que se move pra me contradizer, a corrida foi sensacional. Mas é uma em um milhão.

Update 2 (23/10): mais uma coisa clássica nas histórias futuristas (especialmente as dos anos 80) : http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u338956.shtml
O pior é ler a matéria e tentar não rir. Patético...

2 comentários:

Anônimo disse...

Tá bom que a fórmula 1 é onde está a tecnologia de ponta.
São só carros.

Thiago Padula disse...

Não é onde está a tecnologia, mas... como eu posso explicar... é uma coisa pras massas, manja? Não só pra cientistas magrelos dos dentes amarelos.

E não são só carros. São carros e macacões de 25 mil dólares.