terça-feira, 11 de setembro de 2007

Pra boi dormir

Estou escrevendo isso num momento de desânimo total. Bode, preguiça, saco-cheio, whatever. Como não há motivo para escrever, além do desânimo, provavelmente esse post vai se transformar numa massa de frases desconexas que não levam a lugar nenhum.

Estava me perguntando, dia desses - hoje. Agora mesmo -, por que inventam tantos meios diferentes de comunicação e diálogo se a gente nunca tem nada pra falar?

Olha só: antigamente você podia conversar cara a cara, ou mandar uma carta. Em séculos distantes, a carta poderia levar dois meses pra chegar. Então você precisava dizer tudo que fosse realmente importante, pois o autor de uma carta era como uma estrela distante: você está ali vendo, mas talvez já tenha morrido.

Aí inventaram o pombo-correio, o telégrafo, o telegrama , o telefone, e a cada passo iam-se ampliando as possibilidades e diminuindo o tempo de conversa, para aproximar a experiência de um diálogo de verdade, cara a cara e tal.

Hoje existem mecanismos de conversação aos montes: quando o telefone não era chato o suficiente para lhe atazanar a vida, inventaram o celular, porque aí você não consegue fugir. E também veio e-mail, mIRC, ICQ, MSN, Skype, scrap e o caralho a quatro.

Minha pergunta é: por quê? Por que a gente tem que tá sempre conectado um ao outro, se falando, se tocando virtualmente, se a gente não tem nada pra dizer?! O que pode acontecer de tão interessante na nossa vida o tempo todo pra gerar assunto pra tanta conversa? Ou será que eu sou a única pessoa trabalhando num escritório enquanto todos estão em safaris na África ou escalando as montanhas do Himalaia?

Há os que digam que a modernidade e o anexo tecnologia afastaram as pessoas. Discordo. Acho que tudo isso aproxima as pessoas, só que com a vantagem de não haver o contato físico. Imagine você e seus 500 'amigos' espremidos no mesmo lugar pra falar sobre as nulidades que conversam sempre pelo meio digital.

'Ah, mas se rolasse uma breja...'. Boa. Séculos e séculos de evolução, de desenvolvimento, pesquisas, empenho, pra simplesmente substituir uma cerveja. E, chupa, humanidade, ainda não conseguimos.

Como eu disse lá no primeiro parágrafo, 'provavelmente esse post vai se transformar numa massa de frases desconexas que não levam a lugar nenhum'. Pois bem, eu posso ser um monte de coisas (ou nada), mas sei cumprir uma promessa.

2 comentários:

Anônimo disse...

Não tenho esse problema de espremecimento. Meus amigos beiram os cinco, e olhe lá.
Falando nisso, quer ser o sexto?

Thiago Padula disse...

Então, seu robô, a lição que eu aprendi jogando Megaman e assistindo Blade Runner é que devemos todos ser amigos dos robôs, porque um dia eles podem querer pôr na nossa bunda.