Não sei quem mudou, se eu ou ela (possivelmente os dois), mas eu gostava da MTV. Também não sei se já contei aqui, mas essa coisa de roquenrôu é nova na minha vida, tem só um punhado de anos que eu decidi me entregar à apologia da distorção. E, nesse tempo, a MTV foi tipo minha mentora.
Hoje eu não suporto mais. Não agüento aquelas vinhetas sem sentido, não agüento a empáfia do povo que trabalha lá, não agüento o senso de humor terrivelmente sem graça deles, não agüento aqueles VJs que acham que têm uma profissão, não agüento os programas da matriz estanudidense que eles injetam em doses cavalares na programação.
Mas mesmo assim, há de se dizer, ainda é a emissora de TV aberta mais criativa que a gente tem. Depois da (e você pode torcer o nariz, mas há de concordar) Globo.
Aí ontem teve aquele VMB, que é um combo de cenas constrangedoras com roupa de festa importante. Não vi, pra ser sincero, mas durante alguns momentos acompanhei pelo rádio, em volume inaudível, pois teimaram de interromper a programação da minha estação favorita pra passar isso.
Teve uma hora que eu fiquei ouvindo a Hora do Brasil, juro.
O VMB é um retrato muito triste da nossa juventude. Porque, estranhamente, a MTV tem um poder de influência infinitamente maior do que o coerente pra faixa de audiência que eles atingem. Desse modo, dá pra fazer um rápido estudo antropológico do futuro da classe estudada do nosso Brasil. Sem pudores, sem frescura: um país que celebra o NX Zero merece morrer.
Por empalamento.
2 comentários:
Eu vi o vocalista desse NX Zero fazendo uma propaganda do filme High School Musical. Constrangedor.
Uma vez eu vi ele aqui na Teodoro Sampaio. E o cara tem, tipo, 1 metro e meio. Quando me preparava pra partir pra agressão (desejo reprimido de muito tempo já), percebi que ele tava acompanhado de outros nx. Sorte dele.
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