Ontem, sábado, dia 22 de setembro, rolou em São Paulo um certo 'dia mundial sem carro'. A idéia, caso não tenha conseguido deduzir, era de que todo mundo deixasse seu carro em casa e saísse por aí de bicicleta, ônibus, metrô, ou na caminhada mesmo. Ou em outra opção não citada.
Passei o dia inteiro andando por essa cidade. Fui doar sangue no Hospital das Clínicas, depois fui pra Paulista, depois pra Mooca, depois pro Morumbi ver meu amor jogar (o São Paulo, não o Richarlysson. Ou sei lá como escreve o nome dele). Em todos esses lugares você via carros e carros e carros, pra lá e pra cá, pra cá e pra lá, pra cima e pra baixo, de um lado pro outro.
Não que eu esperasse que o dia mundial sem carro não fosse um fiasco, mas foi interessante pelo menos para observar as discussões que a data suscitou. E a tecla mais batida é a questão da pobreza e ineficiência do transporte coletivo na cidade.
Concordo, claro, sou vítima cotidiana da lástima que é o transporte coletivo paulistano. E olha que, em meus 22 anos de experiência no setor, já observei muitas melhorias. Da qualidade dos transportes à própria organização em torno deles, as coisas têm melhorado. Mas como oferecer um transporte decente a toda a população de uma cidade que é gigantesca? Não só no número de habitantes, mas na amplitude geográfica, a cidade de São Paulo é tão grande que pra chegar em certos pontos dela você leva três horas num dia sem trânsito.
Fora que comprar carro é muito fácil, seis milhões de prestações e você tem lá seu uninho na garagem. Algumas estatísticas dizem que a cada dia 800 carros novos passam a circular na cidade. E tome trânsito.
Não sei se é vício de raciocínio, mas só eu acho que não tem solução e a hecatombe se avizinha?
domingo, 23 de setembro de 2007
Baby, you can drive my car
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