segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Listen to the music, all the damn time

Saiu (ou vai sair, não sei direito) na edição de janeiro de 2008 da Super Interessante (uma com a capa verdinha feito nota de um real) uma matéria sobre a conexão entre o gosto musical e a personalidade das pessoas. Você pode ler o texto (não sei se está igual ao da revista ou editado) aqui.

A matéria é divertidíssima, e aponta coisas como "as taxas mais elevadas de promiscuidade e os maiores índices de criminalidade foram encontrados entre os que ouvem hip-hop" ou "[os apreciadores de ópera e música clássica] eram também péssimos condutores: quase metade incorrera recentemente numa infração de transito, o dobro do numero de inquiridos que tinham escolhido os musicais como categoria preferida".

Naquilo que me cabe, li que "os amantes do rock e pop dos anos 60 são os mais atingidos pelo desemprego do que os restantes, mas isso poderá estar relacionado com a sua faixa etária" e que "No extremo oposto, encontramos os consumidores de eletrônica, que são também os que mais exercício físico praticam, seguidos dos adeptos do rap e de música indie". Bem, eu tenho um emprego e não pratico exercício físico, o que faz de mim uma anomalia.

No final, a matéria traça um perfil rápido e generalista dos ouvintes de cada tipo de música, dos mais, ahn, populares:

Heavy Metal: Curiosos, inteligentes, atléticos, seguros de si.

Jazz/Blues: Inteligentes, criativos, liberais e tolerantes.

Ópera/Clássica: Liberais, perspicazes, com níveis de educação superiores e maiores rendimentos do que a média, majoritariamente casados.

Rap/Hip-Hop: Extrovertidos, loquazes, enérgicos, elevada auto-estima. (Que diabo quer dizer 'loquazes'?)

Pop: Felizes, generosos, previsíveis e convencionais, são considerados pessoas atraentes. (Tirando a parte do 'previsíveis', passei longe)

Rock: Ativos (não), aventureiros (não) e com maior tendência do que a média para se declararem ateus (maaaaaaagina).

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Morte às horrorosas

Em um certo período da minha vida, coisa de uns dois anos atrás, eu me enfileirei no exército do absurdo, e escrevi uma série de pequenos textos sob essa ótica, a maioria deles sem o propósito de ser um texto mesmo no final das contas. Oportunamente vou colocar alguns aqui. Pode ser que eu já tenha postado antes no finado fotolog, mas lá ninguém nunca lia (ao contrário daqui, onde eu tenho em torno de 4 milhões e meio de leitores), então não tem problema eu repetir.

Essa que eu ponho hoje eu escrevi numa das tardes (ou manhãs, não lembro) ociosas de trampo, quando escrever era um dos meus recursos pra manter a sanidade (falhou, como vocês poderão ver). A idéia era de que isso servisse como base pro roteiro de uma história em quadrinhos, então algumas partes (como a sobre 'Dogville') podem não ser claras sem contar com o recurso do desenho. Mas vocês superam.

E bem, segue aí, have fun.


*****

Escondida entre montanhas distantes, sob o espesso véu de névoa que bafora entre os vales, está o pequeno vilarejo de Beach Town. Com uma população algo considerável para uma geografia tão anal, Beach Town foi assolada, há alguns tempos, por um caso misterioso, e cuja repercussão não encontra pares na história mundial, embora possa se assemelhar metaforicamente (mas isso não vem ao caso).

Durante o soturno inverno de um ano mais ou menos distante, uma série de crimes aterrorizou os moradores. Hernán García, filho de dona Penélope e de seu Ramón, uma família costa-riquenha que entrou no país ilegalmente, é o misterioso e até hoje desconhecido assassino que, por meses, decapitou pela ponta de sua foice um sem-número de vidas femininas, inocentes, e feias. Sim, esse era o critério que, entre o subjetivo e o bizarro, norteava as cavernosas ações do assassino, e confundia os apavorados habitantes de Beach Town.

Reféns de alguém absolutamente oculto, os moradores do vilarejo tomaram algumas medidas para inocular o mal que havia pousado por lá. Os homens, inclua-se aí crianças, faziam buscas pelos arredores do lugar e postavam-se como sentinelas pelas ruas e interiores de suas casas. As mulheres, indefesas potenciais vítimas, faziam o que tinham em mãos para evitar a decapitação: embelezavam-se.

As menos abastadas tinham que se virar com maquiagens e coisas afins. Aquelas que tinham algum poder econômico investiam em cirurgias plásticas, implantes de silicone, lipoaspirações, cabeleireiros, salões de beleza, academia e adjacentes.

Mas o medo ainda prevalecia, e quanto mais as moças se esculturavam, mais achavam que estavam feias, e entraram num ciclo paranóico que desencadeou uma série de roubos e leilões de seus bens, para adquirir dinheiro para mais e mais plásticas, e essas coisas já citadas no outro quadrinho.

Paralelamente a isso tudo, ou não tão paralelamente assim, já que uma coisa estava intimamente conectada à outra, o assassino ia matando, já que, você imagine, tem mulher que nem deus dá jeito.

Após alguns meses nessa rotina, sem nenhuma pista do maldito assassino e com os homens já esgotados e torcendo para que o fora-da-lei matasse logo todas aquelas loucas, já era possível ver em Beach Town todo o rastro que deixou a onda de barbárie. O vilarejo praticamente se extinguiu, tendo tudo sido vendido em troca de botoxes, silicones, etcéteras. Chegou-se a sugerir que o nome do lugar fosse trocado para Dogville, mas o autor da idéia foi imediatamente espancado para largar a mão de ser besta e sem graça.

Como saída para mostrar sua utilidade e evitar a morte, as mulheres começaram a se prostituir. Aliás, 'prostituir' não é a palavra, pois sugere uma relação comercial, que não existia. Elas davam por dar mesmo, praticavam sexo com qualquer um que tivesse um pedaço de carne pendurado entre as duas virilhas. Sem muitas paredes para manter uma certa intimidade na relação, Beach Town virou uma enorme suruba. Não se sabe se foi essa a razão, mas de fato os crimes cessaram, e nunca ninguém descobriu a verdadeira identidade do serial killer.

Hoje existe um monumento em homenagem ao assassino na praça central de Beach Town.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

A tradição do natal

Em geral, as pessoas aguardam com grande ansiedade a data mais importante do calendário cristão. Enfeitam a casa com árvores, luzes e bolinhas, compram presentes pros parentes e amigos queridos e etc. E existe aí também um capítulo especial que se refere à tal da virada, ou, pra ser bem tecnicamente chato, a dois segundos: o 23:59:59 do dia 24 de dezembro, e o 00:00:00 do dia 25. Compram roupa nova só pra usar nessa hora, fazem ceia, reunem um monte de gente pra comemorar. E você, como passou o começo do natal?

Eu? Eu passei, ahn, cagando. É, cagando. Não que eu seja contra o natal, ou estivesse fazendo um protesto ou qualquer coisa assim. É que aqui em casa a gente não tem dessas coisas, e se alguém quiser uma ceia decente que vá em outro lugar. Somos uma família totalmente desapegada de tradições, tirando a da Coca-Cola no almoço de domingo (tomo Dolly a semana inteira, nada mais justo que uma gasosa decente pelo menos uma vez, certo?), e, despreocupado, fui pro banheiro, levei meu mp3 e sentei lá pra descarregar todo o lixo dentro de mim.

Eu não sou desses (e por 'desses' eu quero dizer 'todo mundo') que simplesmente senta, joga as fezes pra fora, limpa a bunda e pronto. Cagar pra mim é um ritual (já deu pra reparar que existe algo terrivelmente errado aqui, né?), é a hora de aproveitar a tranqüilidade do sanitário pra fazer algo produtivo, criativa ou intelectualmente. É quando eu leio, ouço, desenho, penso, essas coisas. E então estava lá, quando reparei que a intensidade dos fogos havia aumentado. Fui dar uma espiadinha pelo vitrô, e aí percebi que já passava da meia-noite.

Na rua eu via todas aquelas pessoas que enfeitaram árvores, compraram presentes, fizeram ceia e escolheram a melhor roupa pra ocasião se abraçando, felizes e contentes, enquanto eu estava olhando pela janela, seminu e segurando um pedaço de papel higiênico melado de bosta.

Depois eu reclamo que deus não gosta de mim.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Carta ao Professor Dunga

São Paulo, 24 de Dezembro de 2007.

Querido Dunga, ou, como devo chamá-lo, professor.

No próximo dia 7 de janeiro eu faço aniversário, que será meu 23º, uma vez que eu nasci no distante ano de 85. Essa é a idade limite para jogar uma Olimpíada pela seleção brasileira de futebol, mas quem sou eu pra dizer isso ao senhor, que será o comandante de nossa estimada trupe rumo ao cobiçado ouro olímpico, a estrela que falta sobre nosso brasão.

Eu sei que seu trabalho já é bastante complicado, haja visto que escolher 23 atletas do melhor nível não é uma tarefa simples, mas eu não quero atrapalhar. Na verdade, meu apelo até visa facilitar o seu lado: eu quero uma vaga.

Tá, eu sei, não joguei em nenhum time de expressão, não joguei em nenhum time sem expressão, e levei um chapéu humilhante no campeonato do segundo colegial - eu sei que o senhor sabe disso, porque mesmo depois de um ano todos ainda comentavam na escola -, mas eu não vou aqui ficar tentando persuadí-lo me apoiando em minhas qualidades técnicas - que, eu admito, inexistem. Vou argumentar cinematograficamente.

O senhor deve gostar de filmes, afinal quem não gosta? E já deve também ter visto filmes em que o mongolóide ganha uma chance de fazer algo que é seu sonho e que jamais seria alcançado não fosse pela piedade de terceiros. Esse sou eu, o mongolóide.

Sabe 'Carros'? É filme de criança, eu sei, mas lembra que o Mate consegue, ao finalzinho da história, voar no seu 'alecóptro'? E lembra da alegria dos vietnamistas jogando softball com o Robin Williams em 'Bom dia Vietnã'? Ou do Cuba Gooding Jr. entrando feliz pelo gramado do campo de futebol americano em 'My Name is Radio'? Ah, confesse, você até enxugou uma lágrima agora.

Pois bem, pense em mim como esses pobres coitados. Professor, vou ser franco: eu não sou nada. Eu sou um designer de bosta, nunca consegui ganhar dinheiro desenhando, e sou formado numa faculdade que eu detestava. Não sei dirigir, não sei andar de bicicleta, sou descoordenado, sedentário e preguiçoso. Não falo nada que presta, não penso nada que presta, não me divirto, não me emociono, não me empolgo. Minha vida até aqui tem sido uma vã e monótona experiência sobre como um homem consegue viver tão longe dos limites.

Jogar uma Olimpíada com a camisa amarela da seleção seria meu único suspiro de alegria, e o senhor pode ajudar. Eu não ligo de ir por piedade, afinal eu não tenho orgulho. E nem preciso jogar, só me deixa sentado no banco, já tá ótimo.

Aproveite a folga do final de ano e deixe o espírito do natal guiar seu raciocínio. Pense com carinho, pois se a nossa campanha for um fracasso, pelo menos um brasileiro o senhor terá deixado feliz.

Um grande abraço,
Thiago Padula
Zagueiro-central. Ou não.


Ps: na minha opinião, o Afonso é o Van Basten dos novos tempos. Parabéns por descobrí-lo, e continue o bom trabalho.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Os melhores e os piores

O final do ano está aí, e com ele vem os preços altos, as férias escolares e o incrível combo de dois feriados separados por uma semana que normalmente é emendada, mais conhecido como espírito natalino.

Essa época tem seus prós e contras, embora pra mim os contras sejam os prós da maior parte da galerinha, tipo aquelas decorações megalomaníacas dos bancos na Paulista (não existe combinação que eu abomine mais que verde e vermelho) e as tais da retrospectivas pessoais, essas de ficar relembrando tudo que não aconteceu durante o ano e achando que vai acontecer na próxima rodopiada do planeta.

Mas ao contrário das retrospectivas pessoais, existem as retrospectivas, ahn, factuais (?), que são mais divertidas, não me pergunte por que. E por isso, como eu estou sem trabalho e sem nada mais interessante pra escrever, vou citar as melhores e piores coisas que rolaram entre 1º de janeiro de 2007 e hoje, num ranqueamento sem critério e que avança violentamente sobre a superficialidade.

Começando com os melhores:

5- Super Mario Galaxy
Sim, eu estou metido desde que comprei meu Wii, como já disse o Eduardo. Mas meu deus, como é legal esse jogo. Criatividade jorrando, estilo de jogo único, e uma incrível capacidade de nunca se repetir, fazendo a bagaça sempre instigante. Muito foda.


4- Borat
Borat é um filme do ano passado, mas aqui no Brasil só chegou em fevereiro. Fiz questão de ir ver na estréia, e saí do cinema quase chorando: é um filme pra lavar a alma. Mas tudo que havia pra ser falado dele já foi dito, então não vou me alongar.


3- In Rainbows, do Radiohead
O Radiohead é a banda mais importante do mundo porque é ela quem faz a música pop andar. Com o revolucionário disco novo, In Rainbows, eles deram uma bela chacoalhada na discussão sobre o futuro da distribuição da música e, de quebra, entregaram um disco maravilhoso.


2- Led Zeppelin ao vivo
Duas considerações: primeiro, houve uma centena de bandas que se juntaram pra voltar a tocar, e todas eles mereceriam um lugar de destaque aqui, como o Police, o Rage Against the Machine e o sensacional Jesus and Mary Chain. Mas, pra encurtar a história, escolhi uma só, evidentemente a mais importante.

Segundo, que é uma dúvida que pode ocorrer: como você põe um fato que remonta ao passado, às tenebrosas ruínas do rock n' roll, à frente de um acontecimento inovador e que pode ter quebrado enormes paradigmas no mundo da música?

Resposta: o Led Zeppelin é, sempre, mais importante.


1- Campeonato Brasileiro
O campeonato perfeito: meu tricolor campeão com 140 rodadas de antecipação, boiando sobre a ralé, e o Corinthians despencando do alto da sua repugnância até o mais obscuros túneis da degradação futebolística. Perfeito, essa é a única palavra que pode definir esse acontecimento divino.


E, agora, os piores:

5- Twitter
Pra que serve essa porra?


4- Homem Aranha 3
Decepção, desamparo, vazio no coração. Depois de ficar 4 horas na fila do cinema, pegar a sessão da 1 hora da manhã e assistir o filme com pessoas que não sabiam se viam a película ou conversavam numa sala com o ar-condicionado desligado, o mínimo que eu esperava é que o terceiro filme da saga daquela criatura ridícula (com todo o respeito) fosse tão bom quanto o segundo. Não era tão bom quanto o segundo, não era tão bom quanto o primeiro, não era sequer bom. Uma grande perda de tempo, que tristeza.


3- Dinastia Emo
É fato: eles chegaram ao poder. Não quero falar muito sobre isso, pois me dá calafrios, mas vou repetir o que já escrevi nesse blog: um país que celebra o NX Zero merece morrer.
Por empalamento.


2- Tropa de Elite way of life
Não vi Tropa de Elite, não quero ver Tropa de Elite e tenho, sim, sérias restrições a um filme cuja música tema é do Tihuana. Mas o que me incomoda mesmo é como de repente as frases do filme se incrustaram no cotidiano popular. Eu não agüento mais ouvir o tempo todo cara gritando 'pede pra sair!', ou 'o senhor é um fanfarrão'. Vocês é que são fanfarrões, peçam pra sair agora!


1- O hype jornalístico
Isso não foi exclusividade desse ano, e talvez até numa próxima eleição eu o nomeie hors-concours, mas foi de lascar ser metralhado constantemente por notícias sobre o Pan-Americano, a queda do avião da Tam, a menina que sumiu em Portugal (deram até apelido carinhoso pra ela, depois de tanto tempo cobrindo o fato), a cratera no metrô, os traficantes de ecstasy. Com milhões de coisas acontecendo no mundo, não é possível que só falem sempre da mesma merda, não é.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Hot hot heat

Já vi muita gente dizendo, em tom de brincadeira (pelo menos eu rezo por isso todas as noites), que o ar-condicionado é a maior das invenções humanas.

Nesses tempos em que cada vez mais o sol nos chicoteia furiosamente como se fôssemos os cavalos de sua biga, ter na sala de trabalho um ar-condicionado é uma bênção divina, por mais que, paradoxalmente, ele contribua significativamente para o aumento da camada de ozônio e tal.

O grande problema do ar-condicionado é que, ao contrário do sol, ele não nasce para todos. Não é esférico, não cospe ar frio por todos os lados e, portanto, cada pessoa tende a sofrer um impacto diferente, de acordo com a sua localização. Assim, um reclama que tá frio, outro reclama que tá calor, e começa aquilo que pode-se considerar a mais absurda aplicação do termo 'guerra fria'.

Eu, por exemplo, fico na linha de fogo da bagaça aqui no trabalho. Nesse momento, tá um frio miserável, mas se eu aumentar a temperatura o cara que senta na mesinha a sudoeste vai reclamar que tá muito quente. Ai a moça que fica sudeste vai aumentar a temperatura por que tá gripada, e vai ficar um calor infernal. Então entra o mano de terno e põe a temperatura lá embaixo, e por aí vai.

Esse é um dos preços a se pagar por tentar conseguir mecanicamente o que você pode ter eolicamente. Todos poderiam abrir as janelas, soltar as gravatas, pôr os pezinhos pra fora do sapato, e então o mundo seria justo e mais bonito. Mas não, preferimos virar de costas pra natureza, abaixar as calças e dar tapas na bunda, em tom de provocação. Isso vai dar merda, com certeza.

Mas aí você vira e diz que a culpa é da natureza, que não nos fez endotérmicos, como os ursos.

E eu vou ficar sem resposta.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Mas o importante é que eu sou o mestre supremo do boliche

Eu comprei um Wii, como já disse há algumas semanas, e pra quem não sabe do que se trata, é um video game em que o controle é intuitivo e sensível ao movimento, uma beleza. O jogo clássico da porcaria é na verdade um apanhado de cinco modalidades esportivas (tênis, baseball, boliche, golfe e boxe) em que você simula com o controle os movimentos reais de uma partida - raquetadas, rebatidas, arremessos, socos, etc. É, de fato, divertidíssimo, e o aparelho está sempre rodeado de gente em disputas sudoríparas, e por gente entenda meu irmão, meus primos e meus amigos - todos no masculino.
Após uma partida, é comum a visão periférica capturar algum dos 'atletas' observando os bíceps escondido. É atividade, o braço dói, rola um exercício, então tudo isso é natural. O que me deixa espantado é essa paixão que os homens têm pelos próprios músculos. Penso até que a diversão do jogo não seja 100% responsável pelos motivos que levem algum dos meus camaradas a jogar a coisinha.
Como até agora só a classe dotada de cromossomo Y pôs as mãos cabeludas nos Wiimotes e Nunchuks do meu brinquedinho (calma lá), não sei dizer que tipo de reações nesse sentido uma menina teria, mas ficaria muito feliz se houvesse alguma, nem que fosse pra ficar feliz com a pizza de suor que apareceu no suvaco (ok, utopia, mas é só um exemplo aleatório), porque às vezes tenho a sensação de estar dentro de uma sauna gay cheia de homens cultuando os próprios biceps mirrados enquanto sorrisos imbecis abrem-se em suas faces vermelhas de suor.

É uma visão do inferno, vai por mim.

domingo, 2 de dezembro de 2007

O melhor fim de semana da minha vida

Papo rápido com o João pela manhã. Mantidas as incorreções e os termos internéticos.

Dois posts seguidos falando dele, virou veadagem isso já.

João - www.unjob.blogger.com.br diz:

Padula, td bem?

João - www.unjob.blogger.com.br diz:

reinstalei o anti virus aqui, o AVG, e antes vc dava "update" e ele baixava as atualizações direto da net...

João - www.unjob.blogger.com.br diz:

agora qdo vou atualizar, ele abre uma pasta...pra tipo eu abrir um arquivo..aqui, dentro do próprio PC..ridículo.

João - www.unjob.blogger.com.br diz:

Sabe o que tá acontecendo?

ula,Pad diz:

rapaz... não =P

ula,Pad diz:

não manjo merda nenhuma de anti virus

João - www.unjob.blogger.com.br diz:

valeu!

João - www.unjob.blogger.com.br diz:

cê num tá fazendo isso só pq eu sou corintiano...certo?

ula,Pad diz:

magina, de vcs eu só espero o rebaixamento, o resto não importa

João - www.unjob.blogger.com.br diz:

a Globo vai passar cara...

João - www.unjob.blogger.com.br diz:

ví na página inicial da net, um link assim:

João - www.unjob.blogger.com.br diz:

Corínthians treina forte e se concentra para a "final"

ula,Pad diz:

hahahaha

ula,Pad diz:

a final não, o final!

ula,Pad diz:

velho, ontem eu trampei até as 8 la na empresa, andei meia hora pra pegar meu wii, tive q fazer o caminho mais longo pq meu bilhete unico tava vazio e hj ja tive q levar a cachorra la na casa do caralho debaixo de um sol violento e com ela me puxando pra todos os lugares menos o certo, e ainda vou ter q trampar mais um pouco. mas se o corinthians cair vai ser o melhor fds da minha vida

João - www.unjob.blogger.com.br diz:

num cai, cara...

João - www.unjob.blogger.com.br diz:

vou reiniciar aqui, guenta a mão.

Eu não guento não.