sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Retrospecbosta 2013

Ano passado eu caí no erro infantil de definir metas para a próxima sequência de 12 meses, o que é infantil porque 1) isso nunca deu certo nunca na história da humanidade nunca; e 2) resoluções de ano novo são infantis e pronto, coisa de quem acha que as coisas podem dar certo (e digo isso sendo um otimista convicto, mas convenhamos, nada nunca dá certo nunca na história da humanidade nunca).

Esse ano eu fui pra uma meta mais simples, uma meta não exatamente de vida - pra não cair no mesmo erro - mas, ahn, "editorial": escrever ao menos quatro textos por mês no blog. E o incrível (juro que nem eu contava com isso no princípio) é que deu certo. Com uma gambiarra aqui e acolá, mas deu certo. 2013 foi o ano com mais posts no Vida de bosta desde 2008, o que me impressiona porque meu deus do céu, como eu arranjava tempo pra escrever tanto?

Caso você tenha perdido alguma coisa, caso você esteja com saudades, caso você queira olhar agora de uma distância segura pra perceber porque perdeu tanto tempo da sua vida lendo essas bagaça, vamos a um rápido (ou nem tanto) resumo dos últimos 12 meses, com um monte de links pra você abrir e ler depois:

Em janeiro, eu falei sobre o aniversário de 10 anos da minha maioridade e sobre minha filosofia de descomplicação na hora de comprar alguma coisa ("eu já acordo cedo de segunda a sexta, trabalho fiel e intensamente até o fim do dia, pego um transporte público lotado, mais o sol, os prazos, as pessoas, a rede que só cai e toda aquela merda. Então, quinto dia útil, eu recebo meu dinheirinho. Pra mim, o trabalho tem que acabar aí"). Em fevereiro, vimos um pequeno conto sobre pessoas aleatórias numa cidade aleatória do interior. Em março, num dos meus textos preferidos - mais pelo assunto que pela obra -, falei sobre uma música do Roberto Carlos e como ela leva pessoas que não tem o costume de escrever e se expressar a abrir seus corações para o mundo inteiro.

Em abril, pra não perder o bonde musical do fim do parágrafo anterior, fiz uma análise investigativa forense (?) de um grande clássico de Daniela Mercury e fiz um relato pobre e apaixonado (com direito a vídeo em que eu apareço, novidade nesse blog) sobre um épico do futebol (que foi rasgado e esquartejado semanas depois). Em maio, um dos posts de mais acesso esse ano, em que eu faço um mimimi desgraçado pela minha voz ser feia fora da minha cabeça (mas o motivo do sucesso de visitações foi, claro, o título do texto) e outro em que sugiro fazermos leitura do futuro pela mancha de cocô no papel higiênico usado. Junho, o mês mais fraco, viu meu relato dramático sobre o chuveiro de casa, que poderia ser melhor. Em julho eu expliquei como a nostalgia me fez ir a um show do Só Pra Contrariar e provei por a + b que estamos numa realidade alternativa, graças a um evento insólito num ponto de ônibus.

Agosto foi bom: eu falei sobre punheta, sobre meus impulsos violentos desenvolvidos por The Sopranos, sobre minha aversão ao hit dos bares Gelimão™ (acho que esse foi o post mais acessado do ano, não sei bem o motivo), cheguei à conclusão de que a gente tá numa escola e, noutro dos meus textos preferidos, uma crônica/conto de ficção científica sobre o metrô da linha amarela e uma invasão alienígena. Agora notei que esse parágrafo começa com "agosto foi bom: eu falei sobre punheta" e confesso que eu talvez não esteja apto pra julgar o que é bom ou não.

Em setembro eu bati no peito pachecão para defender essa pátria maravilhosa e abri meu coração com o Bruce Springsteen, a E Street Band e um fantasma saxofonista. Em outubro eu publiquei um conto sobre ficar com a bunda pra cima que todo mundo achou que era autobiográfico. Em novembro eu falei sobre o Nelson, meu amigão peidorreiro e sobre a sociedade secreta dos cuzões (é nóis). Dezembro foi o mês de eu apresentar meus planos de ser um feiticeiro mecânico automotivo e de revelar os conflitos internos que me atormentam toda vez que preciso ir à igreja.

Teve algum outro texto que o dileto leitor considere digno de nota? Teve algum desses que tocou seu coração/purificou sua alma/te fez ter um AVC de indignação, tipo aquela história do Muse? Conte, conte pra nós.

E é isso, por esse ano é só. Foi um bom ano pro blog, poderia ter sido melhor pro mundo, eu poderia ser mais feliz, você também, mas é o que tem pra hoje. Nos vemos de novo em 2014 - ou quem sabe antes disso ainda, vai que a inspiração bate e a preguiça recua -, aqui pelo blog ou aí pela rua. Divirtam-se, percam os limites, e até lá ;)

2 comentários:

Anônimo disse...

Esse é o único blog sério que leio kkkk. Vou ler todos os posts nesse fim de ano sem grandes novidades. Padulovski, como meta continue assim em 2014! Abraços, Brito

Padulover disse...

Vida de Bosta é como Mr. Catra,Nego Ciço, Maroon 5: indubitavelmente o melhor dos piores.

Parabéns à toda a equipe envolvida nesse grande hit indie da sociedade moderna.

Vida bosta ao vida de longa!!!!!