Eu tinha dito, no primeiro post do ano, que a ideia era escrever mais em 2012. E até agora estou firme e forte na função, mas detectei dois problemas.
O primeiro é que tá foda de achar assunto. Não que não tenha coisa acontecendo no mundo, mas isso gera aqueles posts de cagação de regra, que apesar de normalmente serem os textos com mais acessos, são um saco. Sério, vocês não precisam de um imbecil como eu vomitando bosta sobre coisas que eu não faço ideia do que se tratam. Tem gente melhor por aí pra se ler. O lance é que eu estou tentando levar uma vida boa, positiva, leve, o que é a antítese da proposta desse blog. Ainda que nessas aconteçam coisas que mereçam ser relatadas, em geral é só chatice. Tipo o livro do Eric Clapton.
O segundo é que eu estou escrevendo mal padaná. Tudo bem que eu nunca fui um "meu deeeus, como escreve bem esse veado", mas ultimamente tá foda. Muito palavrão, muitas frases preguiçosas, muitas vírgulas, muitos parênteses, pouquíssima inspiração. Então por um momento eu comecei a pensar se existem pessoas que ensinam a nobre arte do artesanato de palavras, e fui esbofeteado pela verdade ao encontrar a resposta bem ao lado da minha cama: livros.
Ora buceta, livros! Quando eu morava na Freguesia do Ó e passava três horas ocioso num ônibus pra ir e voltar do trabalho, tinha a condição ideal pra eu ler (talvez não "ideal", mas funcionava). Agora que eu moro perto do metrô e só gasto 15 minutos (normalmente de pé espremido no meio dos honrados trabalhadores), não rola. Como eu nunca peguei o hábito de ler em casa (sacomé, tem videogame, violão, computadPARA DE ABRIR PARÊNTESES PRA TUDO!), fiquei parado. Ano passado, que me lembre, terminei dois volumes: Eu, Robô do Isaac Asimov e Duna do Frank Herbert. A ficção científica é uma paixão que eu não conseguiria justificar no tribunal da vergonha.
Enfim, é pouco. Então ou eu volto a trabalhar de busão, ou me disciplino a ler em casa. Nesse último caso, seria interessante se eu pudesse ler só no meu quarto, porque já fiz muito coleguinha de moradia cagar nas calças ao ficar uma hora trancado no banheiro esperando chegar no final do capítulo. Juro que era isso.
O problema dessas resoluções de ano novo é que elas nunca se resolvem em si mesmas: uma coisa abre outra necessidade, que depois abre outra e por aí vai até a hora que você desiste e não faz porra nenhuma. Olha aí a minha ideia de vida simples indo pro saco :\
(E com esse emoticon de careta fechando o texto, eu oficialmente me filio ao partido do humor pastelão. Minha mãe ficaria orgulhosa, se ela se importasse)
sábado, 28 de janeiro de 2012
Escreveu, não leu, ficou uma bosta
Postado por Thiago Padula às 15:23
Marcadores: I hate myself and I wanna die, Literatura, Resoluções de ano novo
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4 comentários:
Para ajudar na sua defesa no tribunal, vá de "Crônicas marcianas" do Ray Bradbury.
Você escreve muito bem, só é modesto demais.
Caso consiga ler em casa me ensina, tenho uma pilha de livros pra ler e o World of Warcraft não me deixa nem chegar perto deles
Televisão e vídeo-game concorrem diretamente contra os livros. O que eu faço é colocar prazo para ler. Infelizmente é assim.
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