sexta-feira, 22 de junho de 2012

A elasticidade do tempo


Eu toco no Volto Logo Joyce há dois anos e meio. Quando saí da TerraForum, em março, estava com quatro anos e oito meses de casa. O Vida de bosta existe há cinco voltas da Terra, e Maria há seis. A maior parte dos meus poucos amigos eu conheço há pelo menos nove anos, e até meu relacionamento platônico com a Isis Valverde já está aí me calejando há um bom tempo também.

Eu nunca tinha durado mais de 11 meses num emprego, nem tive um blog que vivesse mais de um ano, e o Jamanta, meu gato mongo de uma orelha só (a outra ele perdeu apanhando, tipo um Evander Holyfield felino), respirou por 3 anos até encontrar a parte de baixo dos pneus de um carro qualquer. A idade vai chegando e, pelo jeito, as coisas vão adquirindo um senso de permanência maior. Não só elas duram mais, elas não parecem durar mais, como se a partir de algum momento as coisas não existissem mais pra acabar. E isso é tanto um sinal dos tempos como uma percepção pessoal cagada pela digestão da informação pela experiência. A idade adulta é, de longe, a maior de todas, e parece que as coisas se esticam pra se adaptar a todo esse espaço disponível.

E, no entanto, não dá seis horas nunca nessa porra.