terça-feira, 31 de agosto de 2010

100 anos

Então o Corinthians faz 100 anos. Que legal. Já dei várias demonstrações do meu desamor por essa camisa aqui no blog (minha preferida é essa), mas não sejamos bestas: é claro que uma das grandes graças de ser são paulino (assim como de ser palmeirense, santista, etc) é torcer contra o aniversariante. Sob esse ponto de vista, esse 1º de setembro é importante pra todo mundo.

Nem sei por onde começar a falar o que eu mais gosto no Corinthians. Aliás, sei sim: pra mim o mais legal é esse lance de todo corinthiano bater no peito e dizer que tem a maior torcida, yada yada yada. Porque uma vez que a gente ESCOLHE o time que vai torcer (alguns dirão que não se escolhe, que está no sangue e etc, pensamento um tanto contraditório à virilidade inerente ao futebol - tá, ser são paulino também é), se orgulhar de ter a maior torcida é tipo entrar na comunidade do Orkut com o maior número de membros e sair soltando rojão. E, cá pra nós, torcedor é um negócio que me embaraça um pouco: isso de ficar cantando musiquinhas e batendo palma no meio da rua, em um contexto qualquer, e não se deixar abater pelo fato do senhor do universo estar vendo aquilo e ficando com uma vergonha da porra.

Outra coisa que eu adoro: o slogan "corinthiano, maloqueiro e sofredor, graças a deus". Primeiro porque a maior parte dos preibói que eu conheço é gambá (verdade seja dita, tirando os gays, os corinthianos são maior parte de qualquer categoria), o que torna o fato de ver alguém de banho tomado e todos os dentes na boca se chamando de maloqueiro bem engraçado. Não vou comentar o "sofredor", porque fetiche é um negócio muito pessoal, mas o "graças a deus" é curioso: se você escolheu ser corinthiano e diz que é maloqueiro sem ser, tá agradecendo a deus o que? Por ser masoquista?

Em defesa dessa nação alvinegra, entretanto, devo contestar dois objetos de ataque das torcidas rivais: a falta de estádio e título da Libertadores. Começando pelo último, não tem problema nunca ter sido campeão: o São Caetano nunca foi, a Portuguesa nunca foi, a Ferroviária nunca foi. Sobre o estádio, tipo, por que diabo alguém tem que se sentir mal por isso? Parece falta de coisa melhor pra zoar, o que absolutamente não é verdade: há simplesmente tanto...

Você, corinthiano: não vou te dar os parabéns, você não tem nada com isso (tirando o Bueno, baixista da minha banda, que de fato faz aniversário dia 1º de setembro). Mas você, Sport Club Corinthians Paulista: parabéns, muitas felicidades, muitos anos de vida, tudo de bom. Te odiar é boa parte da graça do futebol, e por você eu posso extravasar toda a raiva que não posso nas outras pessoas que fazem parte do meu dia-a-dia. Agora bola pra frente e curte a festa: título é difícil de comemorar, mas aniversário tem todo ano, tem que aproveitar.

domingo, 22 de agosto de 2010

Gente que nunca aprende

Toda vez que eu digo que vou escrever mais aqui (tenho o blog há quase três anos e meio e continuo repetindo esses erros juvenis), desapareço logo em seguida. Dessa vez tenho desculpas:

1- Eu não tenho feito nada, o que leva a não ter assunto pra escrever (sério, olha esse post agora). Na verdade, até tenho feito: tô lendo pra caralho, desenhando pra caralho, tocando violão pra caralho; minhas férias tem sido uma viagem no tempo, para aquela era maravilhosa antes de eu começar a trabalhar, mas isso só é legal pra mim.

2- Falando em trabalhar, eu posso não estar escrevendo aqui, mas tem bastante coisa rolando no blog novo, o Vida corporativa de bosta. Tá bombando, cara. Sucesso no Twitter, sucesso na internet, mais de TRINTA acessos diários. Tá, isso num dia bom. Eu sou tão loser.

3- Eu gastei 350 reais em quadrinhos (é, pois é, eu sei, eu sei) e vi que minha dívida na Caixa (aquela do post anterior) cresce mais rápido do que eu consigo juntar dinheiro - vocês precisavam ver minha cara derretendo na hora que a mulher me mostrou o extrato. E olha só, o antigo eu pegaria essa mínima coisa, enrolaria por quatro parágrafos e faria um post sobre isso, mas o novo eu... O antigo eu era melhor.

Só pra vocês não ficarem sem sua dose de minha desgraça para diversão, saibam que ontem meu dente quebrou. No começo das férias eu comprei um saco de Dadinhos, um saco de 7 Belo e um saco de pirulitos de coração e brincava que até o fim de agosto eu estaria banguela. Nunca achei que fosse virar realidade.

Ah, leiam Maus. Vale a vida.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Phérias

Hoje, oficialmente, eu entro em férias. 'DE NOVO?', bradará aquele mais afobado, mas tá tudo dentro da lei, então sente essa bunda na sua cadeira DE ESCRITÓRIO e volte a trabalhar, vagabundo.

Eu tinha um plano para as minhas férias: procurar um apartamento pra me esconder e dar algum sossego aos meus familiares. Esse plano durou até as 13 horas de hoje, quando bateu uma preguiça e tal. O que significa que todo o dinheiro que eu não gastei e as viagens que eu não marquei por conta disso foram em vão. Rá, eu rio na cara de mim mesmo.

(Na verdade, vou é pegar o dinheiro pra pagar uma dívida com a senhora Caixa Econômica Federal, mas isso não é da sua conta)

Pretendo fazer dessas férias um período mais produtivo que da última vez - até aí, também pretendia procurar lugar pra morar e você já viu no que deu -, o que deve inclusive significar mais posts nessa pocilga. Parece inacreditável, mas eu gosto de escrever nessa bosta. É mesmo inacreditável.

Além daqui, também estou há algumas semanas com outro blog, o Vida corporativa de bosta, que serve basicamente pra esculhambar o trabalho e tudo que se relaciona. Com todo respeito, né, afinal tenho crianças pra alimentar. E além dissos, devo fazer mais coisa que não te interessa em nada, mas que estará aí na internet. Aviso quando rolar.

Agora, se permite, vou voltar a assistir Chapolin. Fique com essa música da qual me lembrei agora, e boa noite.