terça-feira, 29 de julho de 2008

Meh

Faltam pouco menos de duas semanas para as minhas férias. Outros estariam urrando, dando cambalhotas e beijando velhinhas no farol. Mas meh. Na mesma medida em que terei mais tempo para fazer coisas que não envolvam prazos e clientes e chefes, terei mais tempo para pôr em prática minhas idéias suicidas e - oh, inferno - todo o drama da insônia vai voltar. Já está voltando, aliás, ela sabe que as férias se aproximam e já começa a balançar o rabinho entusiasmadamente.

Eu já assisti todos os seriados que queria ver, joguei todos os jogos que queria jogar, e não tenho vontade de ler nada ou ver filme algum. Se não me atrever a tentar fazer um bolo ou construir uma prateleira de madeira, é bem possível que já esteja pedindo pra voltar ao labor antes mesmo do tempo previsto.

Acho que vou comprar um quebra-cabeça de 6000 peças.

Iupi.


Atualização: 'joguei todos os jogos que queria jogar' my ass. Agora posso orgulhosamente dizer que sou o feliz proprietário de um PlayStation 2. Bem, meio-proprietário, já que comprei em sociedade, mas whatever. Shadow of the Colossus que me aguarde =)

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Conversa de nerd - drops

Eu normalmente tento ser o menos específico possível no direcionamento dos meus textos, mas às vezes eu não ligo de deixar uma parcela dos meus leitores boiando (acho ótimo esse negócio de 'parcela de leitores', porque parece que eu tenho vários). Então é assim: já jogou Final Fantasy? Mais de um? Pois bem, então clica aqui e responda a esse teste babaca para descobrir que personagem de Final Fantasy você é. Eu sou...

Final Fantasy Character Test

Tá, eu não sou ambicioso nem durão, mas o teste não é de todo fedorento: o Cloud é o cara que tem uma espada enorme e causa menos dano que a menina que sai na mão com os inimigos. Um perdedor, just like me =)

sábado, 5 de julho de 2008

Trucaraio

Uma das coisas que diferem os homens das mulheres é o respeito e paixão que os peludos têm por suas raízes símias. Enquanto as mulheres têm sempre essa coisa de se embonitecer, os homens gostam de, periodicamente, parar e buscar a paz interior através de um contato mais profundo com o australopiteco que existe dentro de cada um.

Evidência disso é o peculiar jogo chamado truco. Ali, com um punhado de cartas na mão e em volta de uma mesa qualquer que faz lembrar os planaltos da saudosa Neandertal, um agrupamento de homens encarna os mais antigos rituais de guerra, que vai desde a dominação do território (regra básica do truco, sempre fazer a primeira), os gritos primais ('truco!', 'seis!'), e, eventualmente, o golpe de misericórdia desferido pelo grupo vencedor (a fatal colada de zap na testa).

Não sou fã de truco, embora o prefira a pôquer, que é jogo de quem se penteia. Mas tenho pra mim que essa conexão com o homem-primata-capitalismo-selvagem-ôôô que o truco proporciona pode preservar o futuro da raça humana.

Vem comigo: já está mais do que provado, pelos filmes e tal, que um dia uma cambada de alienígenas vai chegar aqui e fuder com tudo. Se eles não nos dizimarem, e nos fizerem seus escravos, nós não teremos mais nossa tecnologia, nosso poder bélico, nossas esferas do dragão nossos recursos conquistados e aprimorados com o correr dos tempos. Só nos restará, então, nosso instinto de sobrevivência, o motivo pelo qual deus resolveu nos tirar uma costela e não as bolas. E aí, meus amigo, minhas amiga, aquele fiozinho de trogloditagem que permaneceu aceso dentro dos nossos corações poderá ser a chave para a libertação e o futuro da nação.

Ou não.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Não acho que vá deixar ninguém chocado com essa revelação, mas vá lá: eu sou bobo. Muito bobo. Mas isso não é um problema, as mulheres adoram, elas riem, te chamam de bobo e te dão um tapinha no braço. O problema é parecer bobo, e nesse quadradinho você pode marcar um xis pra mim também.

Eu tenho uma cara de idiota fenomenal. Não sei se é o óculos, o cabelo ralo, as bochechas de buldogue velho ou nada disso ou tudo isso. O fato é que eu tenho cara de bobo e ponto.

Aí eu fui no mercado sábado passado e comecei a pensar no assunto. E mercado, sacomé, você olha coisas, analisa, fica sempre fazendo aquela expressão contemplativa. Expressão contemplativa que, como é de conhecimento geral, é um nome mais perfumado pra 'cara de bobo'. E então, notando isso, tentei mudar a feição, sei lá. Claro que o máximo que consegui foi fazer uma cara de tapado diferente, mas quem porventura resolveu fixar seu olhar em mim por alguns segundos viu toda uma interpolação de expressões quiquescas que dariam um bom emoticon pra substituir a palavra 'retardado'.

Fui então para o caixa, com dois carrinhos cheios de compras, e comecei a despejar as bolachas e os sabonetes e os refrigerantes e os detergentes e os Toddynhos e mais uma caralhada de coisas. Uma cara de bobo não incomoda ninguém, mas quando ela te faz esperar muito tempo na fila vira um gordo no banco do ônibus. Eu podia sentir as flechas, os raios, os olhares furiosos em minha direção. O rapaz do mercado teve a brilhante idéia de colocar o carrinho no corredor, de modo que, visualiza, em determinado momento só tinha coisas láááá na ponta contrária, e eu era obrigado a esfregar a barriga na barra do carrinho pra tentar alcançar. Nisso, minha bunda ia lá em cima, e a calça ia lá embaixo. Se eles estavam putos com minha cara de bobo, o que estariam pensando então da metade de cima do meu boga?

Já vi cara de bobo, e cara de cu, mas cu de bobo? Essa é nova.