domingo, 29 de junho de 2008

Após a Eurocopa...



Ele pode até ter perdido, mas diz aí: Schweinsteiger é ou não é o nome mais legal da história do futebol?

sábado, 28 de junho de 2008

Conversa de nerd

Se você lê as bobagens que eu escrevo aqui há algum tempo (você lê há algum tempo, não eu escrevo há algum tempo. Claro, eu também escrevo há algum tempo, senão o que você teria pra ler?, mas eu quis falar de quem já é leitor antigo, e se você não é, depois desse parênteses já deve estar procurando o caminho da barra de endereços do Firefox browser. Por favor, não me abandone), sabe que eu tenho um Wii, que comprei juntando as migalhas dos meus trabalhos como pedreiro, e que eu tava maior empolgado, maior feliz, aí vem a revolução, etceterétera.

E, veja bem, você pode estar pensando por esse primeiro parágrafo suando decepção que eu estou arrependido e tal. Nem é. Tem jogos ótimos, tem SSBB, tem Mario Galaxy e tem Okami. Mas me preocupa a maneira como os tais controles revolucionários têm sido aproveitados nos jogos. Já se passaram quase dois anos do lançamento e o jogo que mais conseguiu se aproximar da imersão prometida foi o Wii Sports, justamente o primeiro game que saiu com a bagaça. Depois de um tempo, é tudo muito óbvio e preguiçoso, tudo baseado em chacoalhar o controle, mas nada disso nos joga de verdade dentro da tela como faz o Wii Boxing, por exemplo (e, nesse caso, 'jogar dentro da tela' é bem o termo). Talvez o Wii Fit, mas porra, isso não é jogo.

O motivo de eu ter escolhido o Wii pra comprar, ao invés de qualquer outro dessa geração nova, é que ele estava, na minha cabeça, muito à frente dos seus concorrentes. Desisti do Metal Gear 4, do Final Fantasy 13 e do GTA 4 por um controle que me transforma na porra do herói do jogo. E até agora, o máximo que eu consegui foi ser um mestre do boliche. Nada contra os praticantes e amantes desse nobre jogo, mas eu queria mesmo destruir estrelas, não derrubar pinos.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Senta que lá vem história

Eu sempre gostei de boas histórias, e sempre quis ter boas histórias pra contar. Como não tenho, com o tempo fui tentando desenvolver a maneira de contá-las, de modo a tentar fazer as pessoas acharem graça em algo que eu, sem o verniz vistoso das palavras, só enxergo mediocridade.

Falo isso porque ontem fui ao bar com alguns companheiros assalariados para saudar a volta a terra brasilis de um camarada que trabalhou por muito tempo na mesma empresa que nós, e depois resolveu percorrer esse mundo de meu deus. Não cheguei a conhecê-lo antes da partida, de modo que esse foi nosso primeiro encontro, e ele, claro, tinha centenas de histórias para contar aos ouvidos ansiosos da mesa, categoria que não me incluía pois eu, afinal, sequer conhecia o rapaz.

Foi quando eu me dei conta de que boas histórias desfazem todos as barricadas sociais que a gente se impõe. Por natureza, ao menos em uma cidade tão grande, as pessoas se fecham para se proteger das outras pessoas, o que eu não reprovo. Mas o cidadão que possui um bom repertório de histórias pra contar tem grandes chances de desatar os nós que se põem entre nossas carcaças.

Aí eu decidi que quero, então, viver coisas diferentes pra ter histórias diferentes pra contar. Por mais que eu já tivesse obtido algum êxito na criação de mundos imaginários (a Padulândia, no ranking dos locais míticos que ninguém prova a existência, só perde para Atlântida, Eldorado e Acre), eu estou concentrado em começar a juntar material para a minha biografia. Afinal, não quero ter que comprar histórias para não ser conhecido como o cara que um dia deu uma nota de dez no busão e desceu pela porta da frente porque o cobrador não tinha troco. E também porque os meus assuntos precisam parar de girar em torno de Seinfeld e cocô, ou as pessoas não vão parar de me bloquear no MSN.

E lembra do Missão: ser humano? Ele volta. Afinal, já dizia o ditado, fogo ladeira acima e tédio ladeira abaixo, ninguém segura.


Ps: tô postando com meu chefe aqui do lado. O quão destemido é isso, hein? Capítulo garantido na minha biografia.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Sobre o ódio (ou chupa, Coríntias)

Ah, Corinthians...

Sou louco por ti. Sou obcecado por ti. Te odeio como não odeio o maior dos meus inimigos. Por ti, meus preconceitos e meu sadismo se justificam. Por ti, meus piores sentimentos viram poesia.

Ah, Corinthians... como é bonito ver-te cair, ver-te sangrar, ver-te morrer. Tu, que ostentas teu refrão cristão, tão orgulhosamente quanto ostentas teus três dentes, deves estar feliz. Maloqueiro e sofredor, hein?

Ah, Corinthians... tu, que como Ícaro, ousaste cobiçar o que não te cabia, o trono dos vencedores. Agora, só te resta o chão. Nada como a realidade, não?

Chora, Corinthians. Abaixa a cabeça, corta os pulsos, volta para a segunda divisão, que é lugar de quem não tem história. Eu, daqui de cima, sigo sorrindo. Ah, Corinthians, eu nunca vou te abandonar.

Porque eu te odeio.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Vou contar pra minha mãe

Todo mundo diz que minha mãe é mó legal. Eu falo pra alguém da minha mãe, e o alguém diz, 'porra, sua mãe é mó legal'. Legal, eu tenho uma mãe mó legal.

Mas, tipo, não é tão legal ter uma mãe mó legal. Digo, é, mas não tanto quanto ter um carro mó legal, uma roupa mó legal. Vou chegar numa menina na balada e dizer 'oi, eu ando de ônibus e me visto como um farrapo, mas minha mãe é mó legal'. Claro, andar de ônibus é bom pra desatolar o trânsito, e minha roupa é limpinha e cheirosa, porque minha mãe além de mó legal faz um serviço bem feito. Mas não embute sex-appeal. E eu não posso levar minha mãe na balada e pedir pra ela chegar na mina pra mim, já basta ela ter que ir comigo à pediatra.

Em matéria de conectividade social, eu não sou um cara com muitos atrativos. Quando eu era moleque, eu tinha uma bola de capotão, e era o máximo, todos queriam ser meus amigos. Hoje eu tenho um Wii que não funciona, e, mesmo que funcionasse, só serviria pra arrumar coleguinhas da mesma idade dos que eu arrumava com a bola de capotão. E não me venham com esse papinho de que isso não é importante, que o que vale é a pessoa ser legal, gente boa e yada yada yada, porque se eu tivesse um iate vocês iam ver os comentários desse blog bombando.

E, olha, nem é que eu ligue. Por mim, tudo bem ser o amigo engraçado (escrevo sobre isso outro dia, não me deixem esquecer), mas deve haver algo terrivelmente errado quando a melhor coisa sobre uma pessoa é a sua mãe. A culpa é, em boa parte, dessa maldita estrutura patriarcal da qual não conseguimos no livrar há milênios. As donas do lar não têm toda a importância que merecem. A mãe de Jesus era Maria e o pastor chuta a imagem dela. O pai dos KLB é o Franco e falta ter um altar pra ele no camarim do Raul Gil. Tá, não sejamos injustos, fazer três incompetentes sem talento se transformarem em fenômeno nacional é impressionante, mas parir o filho de deus numa manjedourazinha no cu do mundo e sendo virgem é algo que não se vê todo dia.

Será que eu corro o risco de um dia ficar como o Quico?


Esse texto foi escrito há muito tempo, quando o Wii ainda estava no conserto e o São Paulo jogava a Libertadores.

Hoje, o video game está recuperado e passa bem. Já meu coração tricolor...